Mudanças nas condições do fundo do lago ao longo das fases da aquicultura
Mudanças nas condições do fundo do lago ao longo das fases da aquicultura
É bem sabido que o controlo da qualidade da água é crucial na aquicultura e que a qualidade da água está intimamente relacionada com as condições do fundo do tanque. A boa qualidade do fundo dos tanques facilita o desenvolvimento da aquicultura. Este artigo centrar-se-á nas mudanças nas condições do fundo dos tanques nas várias fases do processo de aquicultura e nas medidas correspondentes.
Durante o processo de aquicultura, o fundo do tanque normalmente sofre quatro alterações: organização, redução, toxicificação e acidificação.
Estágio inicial da aquicultura – organização
Nas fases iniciais da aquicultura, à medida que a alimentação aumenta, a acumulação de detritos, alimentos residuais e fezes no fundo do tanque leva a uma acumulação gradual de matéria orgânica, um processo conhecido como organicização. Nesta fase, os níveis de oxigênio são relativamente suficientes. O objetivo principal é decompor o lodo e as fezes do fundo do tanque, transformando-os em sais inorgânicos e nutrientes para promover o crescimento de algas e aumentar o oxigênio dissolvido na água. Cepas microbianas podem ser usadas para ajudar a decompor lodo e fezes.
Estágio Intermediário da Aquicultura – Redução
À medida que a aquicultura progride, especialmente durante o período de pico de alimentação dos animais aquáticos, a quantidade de alimento continua a aumentar, resultando numa acumulação gradual de matéria orgânica no tanque que excede a capacidade de autopurificação da massa de água. Uma grande quantidade de resíduos orgânicos sofre decomposição anaeróbica no fundo, resultando em água preta e com mau cheiro, e entrando na fase de redução, onde a água gradualmente se esgota em oxigênio. Por exemplo, o sulfato se transforma em sulfeto de hidrogênio e o nitrogênio amoniacal se converte em nitrito. O resultado da redução é um esgotamento significativo de oxigênio no fundo do tanque, levando à hipóxia do tanque. Nesta fase, recomenda-se a utilização de agentes oxidantes para modificação do fundo, como o composto monopersulfato de potássio e o percarbonato de sódio. Esses agentes oxidantes podem oxidar o lodo do fundo do lago, reduzir o consumo de oxigênio e melhorar o potencial de oxidação para remover problemas de preto e odor.
Estágio Médio Final da Aquicultura – Toxicificação
No estágio intermediário final, a lagoa gera uma quantidade significativa de substâncias tóxicas, incluindo sulfeto de hidrogênio, nitrogênio amoniacal, nitrito e metano. Especialmente o sulfeto de hidrogênio e o nitrito podem causar dificuldades respiratórias ou até mesmo asfixia em peixes, camarões e caranguejos. Portanto, quando os níveis de nitrito e nitrogênio amoniacal estão elevados, é aconselhável usar agentes desintoxicantes para neutralizar essas substâncias tóxicas.
Estágio Final da Aquicultura – Acidificação
Na fase final da aquicultura, o fundo do tanque torna-se ácido devido à fermentação anaeróbica de grandes quantidades de matéria orgânica, resultando num pH reduzido e num aumento da toxicidade do sulfureto de hidrogénio. Nesta fase, pode-se aplicar cal nas áreas com mais lodo acumulado para neutralizar a acidez do fundo do tanque, elevar o pH e reduzir a toxicidade do sulfeto de hidrogênio.